segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

COMO UM SONETO

É como um soneto que não sai.
É como se não brotasse a semente.
É como se houvesse em minha mente
Um verso pendurado que não cai.

Triste, penso em tudo que me sai
Antes mesmo de me ser equivalente.
É feito uma alegria de aguardente
Que vem rápido e rápido se vai.

Tudo que busquei com tanta ansiedade
Se partiu, me abandonou sem piedade
E a vida hoje me trata com desdém.

Aprendi contrariando a verdade
E hoje sei que essa tal felicidade
É com um soneto que não vem.

Danilo del Monte

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