sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

DECASSÍLABOS DE MIM


Em horas assim eu bato no fundo.
Esse fundo que falo é o assoalho
Do poço, úmido e podre, o fim.

Não em razão, mas obrigação sim.
Comigo eu falo, eu grito, eu ralho,
E logo então no próximo segundo

Tenho imenso desprezo pelo mundo.

Sinto também certo nojo de mim.

Danilo del Monte

Nenhum comentário:

Postar um comentário