Se o livro está lacrado
É talvez por nada a esconder.
Talvez só envergonhado, resignado
Por toda página que tentou preencher
E acabou ficando em branco.
Nenhum conto singelo,
Nenhum verso manco,
Nenhum soneto franco,
Sequer um sol amarelo
Na capa desenhado.
É talvez por nada a esconder.
Talvez só envergonhado, resignado
Por toda página que tentou preencher
E acabou ficando em branco.
Nenhum conto singelo,
Nenhum verso manco,
Nenhum soneto franco,
Sequer um sol amarelo
Na capa desenhado.
O segredo em seu íntimo?
Talvez não haver segredo algum.
Talvez criar, inspirado em rum,
Um segredo que desmente
O segredo ilegítimo
Que não há mistério algum.
Talvez não haver segredo algum.
Talvez criar, inspirado em rum,
Um segredo que desmente
O segredo ilegítimo
Que não há mistério algum.
... Vírgulas são letras.
Condescendente é a mente
À todo espaço desocupado
Do livro impenetrável.
Na contracapa, rabiscado,
Nome simples e imensurável.
Pedaço de folha arrancado,
Lançado ao tempo nunca amável.
E o livro, como sempre, chaveado.
À todo espaço desocupado
Do livro impenetrável.
Na contracapa, rabiscado,
Nome simples e imensurável.
Pedaço de folha arrancado,
Lançado ao tempo nunca amável.
E o livro, como sempre, chaveado.
O segredo em seu íntimo?
Talvez não haver segredo algum.
Talvez não haver segredo algum.
Danilo del Monte
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