O veneno que de fora me corrói por dentro
É o mesmo que mantém minha existência.
É o fogo, é a água, a letra e a dependência,
E todos vêm de longe a me atingir o centro.
O veneno que de dentro me corrói por fora
Também, como o outro, me dá sobrevivência.
Do sentir, o mal. Do pensar é a conseqüência,
Como erguer e destruir a casa onde se mora.
Também, como o outro, me dá sobrevivência.
Do sentir, o mal. Do pensar é a conseqüência,
Como erguer e destruir a casa onde se mora.
E é assim, rodando no olho de um furacão
Ao mesmo tempo em que se vê tudo de fora
Que me divido ao meio entre o sim e o não.
Que me divido ao meio entre o sim e o não.
O veneno soberano que vive em mim aflora...
Só mesmo os outros em conjunto dão a solução
Para a madrugada em que não se espera aurora.
Só mesmo os outros em conjunto dão a solução
Para a madrugada em que não se espera aurora.
Danilo del Monte
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