terça-feira, 19 de junho de 2012

A MÃO ROMANA




Sou como um homem de porcelana,
Um aperto de mão estilhaça-me os ossos,
Um olhar de aprovação me queda ao chão.

A grave calma voz de quem me chama,
Se amigável, deixa-me em destroços,
Se bruta, me oferece nobre redenção.

Não à fama, não à cama, não à lama.

Homem de gelo, larga a minha mão.


*****

A mão que aperta a minha mão
E com tamanha força a segura,
Parece, nesse toque, perceber.

Na manga trago a redenção,
Na manga a justiça obscura 
E afiada implora pra nascer.

Romano o homem que me atura.

Romana a febre de vencer.

Danilo del Monte

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