Sou como um homem de porcelana,
Um aperto de mão estilhaça-me os ossos,
Um olhar de aprovação me queda ao chão.
A grave calma voz de quem me chama,
Se amigável, deixa-me em destroços,
Se bruta, me oferece nobre redenção.
Não à fama, não à cama, não à lama.
Homem de gelo, larga a minha mão.
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A mão que aperta a minha mão
E com tamanha força a segura,
Parece, nesse toque, perceber.
Na manga trago a redenção,
Na manga a justiça obscura
E afiada implora pra nascer.
Romano o homem que me atura.
Romana a febre de vencer.
Danilo del Monte
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