Tive vontade de fazer um soneto,
Um que fosse belo, honesto e franco,
Um que fosse um sonho em branco e preto
Ou uma história de amor em preto e branco.
Um que fosse belo, honesto e franco,
Um que fosse um sonho em branco e preto
Ou uma história de amor em preto e branco.
Tive vontade de fazer um soneto,
Porém nada merece tal encanto,
Nem o sonho, levado pelo vento,
Nem o amor, que carrega em si o pranto.
Porém nada merece tal encanto,
Nem o sonho, levado pelo vento,
Nem o amor, que carrega em si o pranto.
Se viverá, quem há de provar?
Sob que luar eu o verei brilhar
Ou em que esquina o acharei morto?
Sob que luar eu o verei brilhar
Ou em que esquina o acharei morto?
Desanima-me o amor não perdurar.
Vida longa há de ter meu versejar
Ou sai ele de mim como um aborto?
Vida longa há de ter meu versejar
Ou sai ele de mim como um aborto?
Danilo del Monte
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