domingo, 24 de fevereiro de 2013

SONETO POR SONETO


Tive vontade de fazer um soneto,
Um que fosse belo, honesto e franco,
Um que fosse um sonho em branco e preto
Ou uma história de amor em preto e branco.

Tive vontade de fazer um soneto,
Porém nada merece tal encanto,
Nem o sonho, levado pelo vento,
Nem o amor, que carrega em si o pranto.

Se viverá, quem há de provar?
Sob que luar eu o verei brilhar
Ou em que esquina o acharei morto?

Desanima-me o amor não perdurar.
Vida longa há de ter meu versejar
Ou sai ele de mim como um aborto?

Danilo del Monte

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