E então o homem aprendeu a fazer fogo
E se não soubéssemos queimar as coisas?
- questiona-se o Inexistente -
E se o raspar de uma pedra em outra pedra
Ou de um graveto em outro graveto
Tivesse jamais produzido uma faísca?
- assim pensa o ingênuo Inexistente –
- questiona-se o Inexistente -
E se o raspar de uma pedra em outra pedra
Ou de um graveto em outro graveto
Tivesse jamais produzido uma faísca?
- assim pensa o ingênuo Inexistente –
Mas então o homem aprendeu a fazer fogo
Que trágico experimento...
Que brutal sabedoria...
Desde que o homem aprendeu a fazer fogo
Adormecer tornou-se uma tarefa perigosa
- lamenta-se novamente o Inexistente -
Água, existe (sempre existiu)
Capaz de apagar qualquer chama sobre um corpo,
Mas o fogo parece ser mais belo e chamativo
Do que a fumaça que sobe quando o apagam.
Um corpo queimado é uma oferenda
(e quem há de se atrever a apagar uma oferenda?)
Que brutal sabedoria...
Desde que o homem aprendeu a fazer fogo
Adormecer tornou-se uma tarefa perigosa
- lamenta-se novamente o Inexistente -
Água, existe (sempre existiu)
Capaz de apagar qualquer chama sobre um corpo,
Mas o fogo parece ser mais belo e chamativo
Do que a fumaça que sobe quando o apagam.
Um corpo queimado é uma oferenda
(e quem há de se atrever a apagar uma oferenda?)
Para isto os homens dominaram o fogo...
Danilo del Monte
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