No curto período em que fui criança
Um Monstro insano seguia meus passos
Não tinha rosto e nem tinha voz
Mas detentor que era dos acasos
Mantinha-me cativo em aliança
Membros atados a violentos nós
Um Monstro insano seguia meus passos
Não tinha rosto e nem tinha voz
Mas detentor que era dos acasos
Mantinha-me cativo em aliança
Membros atados a violentos nós
No curto período em que fui criança
– embora inocente, apavorada –
Sentia evoluir no monstro a ânsia
De ver a minha alma castigada
Por eu nutrir uma repugnância
Pela pesada mão idolatrada.
– embora inocente, apavorada –
Sentia evoluir no monstro a ânsia
De ver a minha alma castigada
Por eu nutrir uma repugnância
Pela pesada mão idolatrada.
No curto período em que tive infância
– Pavor de ver meu braço decepado
Minha língua querendo apodrecer –
O monstro, minha imagem e semelhança
Não podia, jamais, ser enganado
Via o que mais ninguém podia ver
Minha língua querendo apodrecer –
O monstro, minha imagem e semelhança
Não podia, jamais, ser enganado
Via o que mais ninguém podia ver
(Como que pode ser tranquila a infância
Se há um deus que pode te julgar
Implacável monstro a te perseguir?
Ele sabe do seu imaginar
Conhece a inocência da criança
O preço que se paga por sorrir)
Implacável monstro a te perseguir?
Ele sabe do seu imaginar
Conhece a inocência da criança
O preço que se paga por sorrir)
Danilo del Monte
*imagem: autor desconhecido (por enquanto).
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